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Sedona em quatro capítulos

Capítulo primeiro: 

A viagem para Sedona foi meu presente de 50 anos, muito esperada mas adiada por um ano por causa da pandemia. Minha meta era escapar em voo solo para um lugar desconhecido, um desafio e tanto para mim.

Em novembro de 2021, depois de dois dias de trabalho intenso em Phoenix, aluguei um carro e dirigi sozinha em direção à Sedona. A imensidão do Arizona me trouxe a sensação de liberdade: eu pequenina diante daquela paisagem ampla, desértica e exótica, povoada de cactus e montanhas rochosas sob 180 graus de céu azul profundo.  Em um determinado momento, desliguei o rádio, abri as janelas do carro, me entreguei ao silêncio, ao vento quente e ao presente. 

Capítulo segundo:

Depois de 2hs40 cheguei em Jerome para uma parada técnica.

Jerome é uma vila cravada nas montanhas, nascida no início do século 20 com a sedenta exploração de cobre na região. Uma pérola do velho oeste americano.

Reabastecida, segui caminho. Foram mais 40 minutos até avistar as rochas avermelhadas e majestosas da entrada de Sedona, a cidade mística conhecida por seus vórtex de energia do planeta.

E quanta energia há naquele lugar. No instante de chegada, uma felicidade plena tomou conta de mim e chorei emocionada atrás do volante.

Capítulo terceiro:

Foram 3 dias de muita meditação e reflexão de autoconhecimento. Desafios e momentos de euforia compõem as memórias desta viagem transformadora: a tempestade rara e impiedosa da primeira noite, a caminhada purificadora no meio da mata e beirando o rio no dia seguinte, o entardecer à luz de velas e ao som de música flamenca na despedida.

Capítulo quarto:

Voltei pra casa trazendo na bagagem uma história para contar para os meus netinhos um dia, sobre a conquista de um sonho realizado.

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